quinta-feira, 30 de abril de 2009

Revista Tição

Nos pampas , a resistência afro–brasileira sempre presente, fortalece a necessidade de criação de uma Imprensa Alternativa Negra. Nesse compromisso emerge a Revista Tição como um veículo de resistência no combate ao racismo. Este se torna um instrumento de luta e cidadania para a comunidade afro–brasileira.

Tição, uma brasa adormecida que é escura, preta, mas é quente, vermelha. Com esse significado, sugestão do professor Oliveira Silveira, feita nas reuniões preliminares de sua criação. Essa denominação batiza a revista Tição, o objeto de estudo deste trabalho. Em 1974, um grupo de indivíduos negros se reúne para conversar sobre seus anseios e descobre a necessidade de mostrar a verdadeira história do negro que não é contada e nem apresentada nos veículos de comunicação. A história do povo afro–brasileiro que ajudou a construir este país, conhecido como Brasil. Isso pode ser notado no editorial da Revista Tição número 1, de março de 1978.

Forma–se então um grupo de jornalistas e intelectuais negros, preocupados em realizar uma mudança de comportamento perante a sociedade que os discriminava. O objetivo desses jovens jornalistas na época era de exercitar a profissão com o desafio de mostrar uma temática negra antes não apresentada para a sociedade. As reportagens, através da revista, tinham a tarefa de apresentar a verdadeira dimensão da comunidade negra do país e em especial do Rio Grande do Sul. Afinal, não era uma simples obra ou panfleto.

Quem sou eu

Tição é uma publicação relaizada por um grupo de jornalistas, estudantes de jornalismo e de intelectuais negros apresentaram para à sociedade uma outra sociedade. A comunidade negra virou pauta no final da década de 70.